31 de ago. de 2013

15 de abr. de 2013

~Numb~


I.
Frio.
A lâmina percorre minha pele, rasga minha carne e meu sangue percorre o caminho até pingar sobre o chão imundo do banheiro. Seguro a lâmina com mais força sentindo a dor emergindo. Pouco a pouco a vontade de chorar se transforma em êxtase e sinto como se nada além de repulsa e uma imensa vontade de vomitar pudessem tomar meus sentimentos. Retiro o estilete da carne cortada e sinto a ardência, a dor e o sofrimento partindo junto ao sangue. Vejo minha carne se transformando em marcas. Sinto a alma se curar e espero até precisar de novo.
Escondo o estilete no bolso da frente do moletom e pego um pedaço da folha de meu caderno para limpar o sangue. Preciso ser rápida. Degustaria a liberdade causada pelo corte, mas este não é o momento. Limpo o sangue e largo a folha no cesto de lixo. Puxo a manga larga do moletom e visto o capuz. Respiro fundo e seguro meu caderno.
- Amber? Vai demorar? – escuto Lizzie perguntar do outro lado.
Abro a porta e sorrio.
- Desculpa... Não vinha ao banheiro desde ontem.
- Tudo bem... Thomas está nos esperando no estacionamento.
Saímos do banheiro e caminhamos pelo corredor vazio da escola.
Cruzamos a porta para o estacionamento e vemos Thomas sentado sobre o capô do Volvo C-30 prata de Lizzie. Ela corre sobre os saltos da bota de camurça preta e bate em Thomas que ri.
- Já disse pra tomar cuidado com meu bebê! Sai já daí! – ela diz furiosa.
- Calma Lucinda. – Thomas retruca. – É apenas um carro – ele ri.
- O meu carro! – ela enfatiza.

10 de fev. de 2012

Do Not Forget - 3° Capitulo

Meu Protetor

Pesquisei em mais ou menos 20 buscadores. Nenhuma com data de nascimento, certidão, referencia etc. Esse cara realmente existe? Fechei a janela, e desliguei o computador. Varias coisas se passavam em minha cabeça. Olhei pela janela, já estava ficando escuro.
-Anna nós vamos sair. – disse meu pai passando pelo corredor sem nem olhar. Só soube que era ele pelo reflexo no espelho – Vai ir ou não?
-Não vou ir. – falei pegando meu celular
Comecei a escrever uma mensagem as duas garotas que pelo menos não eram tão hipócritas e idiotas. Ah eram atéias como eu. Florence Miller e Vallentina Monroe. Desci e percebi que estava sozinha. Novidade. Sentei-me no sofá e liguei a TV.
-Você não esta sozinha. – disse Thomas
Levei um susto, pulando no sofá. Ele estava ao meu lado, e apenas uma brisa da janela balançava as cortinas velhas e brancas.
-Como você entrou? – perguntei
-Eu já estava aqui. – ele falou
-Não. Você não estava. – falei
-Tire suas próprias conclusões. – ele falou
-Pesquisei sobre você na internet... E não achei nada. – falei
-Interessante. Que filme é esse? – ele falou
-Eu queria saber por que não tem nem a data do seu nascimento na internet! – falei irritada
-Você não respondeu minha pergunta. – ele falou
-E você respondeu a minha?!
-Tudo bem. – ele falou e pegou o controle do meu colo – O que quer saber de mim?
-Quem é você. A verdade. – falei brava
-Ok... Já disse, Thomas O’Brian. – ele disse e a campainha tocou – Não vai atender?
-Vou deixar passar isso. – falei
-Tudo bem. – ele disse
-Tudo bem. – falei
Fui devagar abrir a porta. Sentia seus olhos em minhas costas. Quando abri a porta, algo bateu em mim com tanta força que dei dois passos para trás.
-Annie! – disse Florence
Florence era alta, branca, tinha longos cabelos pretos. Seu rosto parecia o deu uma criança, era extremamente gentil. Seus olhos eram um tom de cinza.
-Oi. Quer me matar esmagada? – perguntei
-Não – ela falou me soltando de seu abraço – Desculpe.
-Não se desculpe. – falou Vallentina
Vallie tinha cabelos curtos e era negra. Seus olhos eram verdes e seu cabelo era liso e um tom parecido com marrom. Ela era brava, se irritava facilmente.
-Oi Vallie. – falei dando espaço para elas passarem e fechando a porta – Oh santo humor.
-Pensava que não acreditava em santos?! – falou Florence
-E não acredito foi maneira de dizer. Esse se chama... Cadê ele? – aquilo foi mais uma pergunta a mim mesmo do que para elas
-Ele quem? – perguntou Vallie se atirando no sofá
-Thomas... Bom deixa. – falei irritada – Ele me paga depois.
-Hmm tem gente apaixonada! – disse Florence se sentando na poltrona
-Eu não gosto dele. Só tento descobrir quem realmente ele é. – falei brava
-Aham... Seus pais vão ficar fora até amanhã? – perguntou Vallie
-Sei lá. O que vamos fazer? – perguntei
-Tem uma festa hoje... – disse Florence
-Sem festa! – eu e Vallie a interrompemos
-Chatas! – ela retrucou
Revirei os olhos e senti aquela brisa novamente. Um reflexo passou numa taça do armário da sala. Senti mãos geladas em meus ombros e me virei.
-me procurando? – Thomas perguntou
-Sim! Quer me matar de susto? – o repreendi
-Não. Esta ficando escuro, então liguei as luzes e fechei as janelas. Feliz? – ele falou
-Um pouco. Essas são Vallie e Florence. – falei
-Eu sei. Ouvi a conversa. – ele disse
-Prazer! – falou Florence animada
-O prazer é todo meu. – Thomas falou
-Você é o Protetor da Annie né? – Vallie perguntou
-Sim. – Thomas respondeu
-Queria ter um gato de meu protetor também. – falou Vallie
-Acho melhor não. Ele é meu. – falei dando um pigarro.
Vallie estreitou os olhos e Thomas riu. Florence parecia um pimentão. Ótimo! Minha casa é uma agencia de namoros agora?! Respirei fundo e voltei minha atenção a TV. As conversas foram surgindo, e quando me dei conta, estava deitada no colo de Thomas. 

9 de fev. de 2012

Do Not Forget - 2° Capitulo


Brisa

O vento balançava meus cabelos, contra minha vontade. Uns fios faziam cócegas em meu rosto. Olhei para uma mão, o esmalte já estava seco. Sorri, enfim, uma vitória! Ouvi uns passos o corredor, e minha porta se abrindo.
-Eu sei que é você Nicholas. – falei
-Ah! Sem graça. – ele falou vindo sentar-se em meu colo – Você não vai fazer nada além de ficar olhando para um documento de texto no computador?

8 de fev. de 2012

Do Not Forget - 1° Capitulo

Esquisito. 

Fitei meus pais, estava do outro lado da incrível e imensa mesa, que era do outro lado da sala. Nunca entendi qual era o problema de comprar uma mesa de apenas seis lugares. Não entendia porque as pessoas viam para cá, jantar, almoçar ou apenas tomar o café da tarde, eles tinham casa, não tinham? 

20 de jan. de 2012

Do Not Forget - Prólogo



Algumas pessoas falam: Você só tem uma vida, uma chance, uma escolha. Então faça certo. E se às vezes não der? Ou simplesmente, você acabar escolhendo a pessoa errada, estando no lugar errado na hora errada? Por isso Nunca pensei muito como poderia ser o céu. Ou mesmo o inferno. Mas com o que esta acontecendo comigo recentemente da para ter uma pequena ideia.

Sinopse - Do Not Forget

Em um mundo completamente dominado pelas guerras, onde realmente não há esperança. Neste mundo, há duas pessoas, onde irão quebrar as regras, para poderem se ver livres de tanta desigualdade, sofrimento e pobreza. Eles são Anna Zamorë e Thomas O’Brian , e o que era para ser apenas Anjo Protetor e Guerreira Humana, virou muito mais do que isto.
Em The Fall Of Night, você entra na mais obscura religião.